HENRIQUE PINGUIM
PinguimagenS

"Duplo Foco" matéria na revista Black Water

By HENRIQUE PINGUIM

Por Black Water,


Como seriam as revistas de surfe sem as imagens? Estranhas, no mínimo, talvez entediantes, chegando, quem sabe, a dor de cabeça. Certamente não agradariam, ainda mais se fosse uma revista virtual, imaginem só, ou nesse caso, só imaginem mesmo! É inegável, imagens sempre foram peças chave para não apenas ilustrar mas também, e principalmente, explicar o surfe.

Sem elas, por exemplo, aquele tubo “dez metros de altura por dez de largura” do Laird Hamilton no Taiti poderia não passar de uma grande lorota, Brian Conley seria apenas mais um neo-hippie contador de estórias ou até mesmo Greg Noll poderia ser taxado de frouxo quando disse que Pipeline estava cabulosa naquele dia.


As imagens provam tudo. E se dizem que uma delas normalmente vale mais que mil palavras, quando nos aproximamos frequentemente do indescritível e inimaginável ( tipo deslizar sobre a água ), com certeza a proporção sobe para mais que milhões.

Por isso existem pessoas que se dedicam somente a registrar e, dependendo do ponto de vista, podem ser consideradas tão ou mais importantes que o próprio surfista, pode acreditar.


Sempre focados e nunca no foco, esses caras não procuram os melhores blocos, shapes ou jogos de quilhas mas sim o top entre camêras, lentes, e tripés. Equipamento é muito importante e faz total diferença, todos dizem.

E foi exatamente para alcançar um diferencial na produção que Gustavo Camarão e Henrique Pinguim resolveram fazer algumas adaptações em seus equipamentos ordinários do dia-a-dia.

O objetivo dos dois é o mesmo, produzir foto e vídeo simultâneamente, mas como não existe fórmula ou prescrição para isso, cada um deu seu respectivo jeito e fez um uso distinto do equipamento, Camarão fora e Pinguim dentro d’água, por mais contrário as leis da natureza que isso possa parecer. No fim das contas, o que interessa é o resultado, e interessa ainda mais para nós da Blackwater, que podemos publicar ambos os “resultados” .

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Henrique Pinguim:

Sempre peguei onda de bodyboard e quando eu conheci a câmera GoPro fiquei viciado no mundo da fotografia. Logo que peguei a câmera as imagens eram todas onboard, pois sempe fui fissurado em ter uma foto dentro de um salão ou mesmo um simpels registro das minhas caídas. Era o uso normal da câmera, mas aos poucos comecei a clicar meus camaradas também e algumas vezes rendia umas imagens bem interessantes.

Nesse momento estava mais do que viciado na fotografia. Logo tratei de me equipar profissionalmente e por ser um bodyboarder e ter essa experiência com a GoPro achei que podia me dar bem dentro do mar. Depois de um tempo, pensei em adaptar a GoPro ( que agora era HD ) na parte de cima da minha caixa estanque, pois ela tem uma superfície perfeita para isso. Assim foi quando consegui regular o angulo perfeitamente das camêras para poder fotografar e filmar de dentro d’água.


Aos poucos me vi obrigado a aprender a mexer em vídeos, na parte de edição, produção. Tenho ainda que aprender a usar perfeitamente essa nova ferramenta. Mas não tenho dúvidas que agrega muito valor ao seu produto final. Ter o mesmo momento eternizado em foto e vídeo acho que é vontade de todos que pegam onda, seja pro ou prego.

Só vejo vantagem em fazer as duas coisas simultâneamente. As vezes rolam umas dificuldades por causa das adaptações, a GoPro costuma embaçar quando fica muito tempo ligada, as vezes é difícil se ligar em tudo que está acontecendo e ainda por cima controlar duas câmeras, é preciso ir se acostumando a não deixar passar nada em branco no momento certo. Mas com o tempo esses problemas ficam de lado. Agora tenho a possibilidade de ter uma foto publicada em uma revista e também produzir vídeos úteis para outras áreas além da editorial, comercial, por exemplo. Graças a isso consegui meu espaço na BW, fico amarradão de ver meu trabalho reconhecido.


 

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